Nomos, Porter Collins, Mar Asset, Genoa, Dynamo,
links, imagens, memes, leituras por Beto Saadia.
Duas semanas sumidas por aqui. Aguarde um dump de ideias, algumas delas do nosso conteúdo da Nomos.
Nesse sumiço andei fazendo diferentes entradas ao vivo em emissoras para comentar juros e inflação. Em semana de super quarta (dia em que ocorrem simultaneamente decisões importantes de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil), os convites aumentam. É um privilégio compartilhar com um público amplo nossa forma de comunicação da Nomos. Buscamos o discurso acessível, contextual.
Algumas gravações são feitas de casa onde consigo uma estante de fundo de tela mais aconchegante, sem a luz branca de escritório, porém corro o risco de vazamentos de berros das crianças vindas do quarto, algumas dessas já vazadas ao vivo.
***
Nossa Nomos TV realizou mais uma edição do Ação & Reação especial.
Nesse programa, cada analista indica dois ativos. O vídeo você acessa pelo link da imagem abaixo. E o relatório completo nesse link.
Cenário
Em janeiro vi short squeezes em ações sobrevendidas e desmonte de posiçőes pessimistas montadas na virada do ano.
Minha visão para o rali de janeiro foi de um gatilho político combinado a preços depreciados.
Ouvi de operadores sobre apostas na alternância de governo. O trade consistiu, principalmente, na compra de calls longas de lbovespa e em ações de beta alto.
Esse buzz começou após a reunião ministerial em que Lula menciona a possibilidade de não se candidatar à reeleição em 2026. 0 momentum cresceu com o avanço de Kassab, duvidando da vitória de Lula nas próximas eleições, além de duas pesquisas negativas de popularidade do presidente. Veio o escândalo da tarifação do PIX, o impacto nas redes sobre a inflação de alimentos e a entrevista de Lira dizendo: "Ninguém embarca em um barco sabendo que vai afundar."
Soma-se a isso a perspectiva de um 2025 com mais inflação e menos crescimento. Ah, e agora o Hugo Motta, colocando na mesa uma votação de plebiscito parlamentarista.
Eu não acho improvável que dá noite para o dia, o presidente declare que não se reelege. Suas idas e vindas do hospital e idade avançada certamente lhe fazem refletir sobre a continuação na vida política.
Não só isso, seria uma estratégia política pra manter a governabilidade, num ambiente tensão econômica e popularidade baixa. Noutros episódios da história, sem a pressão de uma campanha eleitoral, presidentes priorizam iniciativas de longo prazo em vez de ganhos políticos imediatos. Pode aliviar a tensão política, já que os opositores têm menos incentivo para bloquear a agenda do executívo por vantagem eleitoral.
Se isso acontecer, vai ter operador sendo stopado pra tudo que é lado. As opções longas de índice futuro, Bova11 ou blue chips parecem baratas.
Para um insight completo de como isso se traduz em alocação, leia nosso relatório mensal Alocação&Produtos.
Links, imagens, leituras.
Essa plataforma que vos escrevo tem ganhado minha preferência. Evidências disso foram destaques de amigos dessa rede que surfaram reconhecimento. A intenção de centralizar minha comunicação por aqui cresce a despeito dos outros perfis no X (twitter) e no Insta.
Meu amigo Cláudio Silva (Snowballer) emplacou uma matéria na revista Piauí sobre seu perfil. Ele desencava histórias por trás de tudo que tem a ver com mercado financeiro e posta no seu X (twitter) e Substack. Estive com ele há dois anos num call online. Perguntei se ele falava de São Paulo. “Não, estou de Angola”, respondeu. Sabia que o papo ia durar.
A Clara Sodré escreveu um p*** texto sobre, palavras minhas, gestão das pessoas que fazem gestão de dinheiro. Algo que sempre aprendi, que ao avaliar fundos, devemos colocar o jaleco de recursos humanos e entender como líderes de assets conseguem atrair, reter e alinhar incentivos com seus gestores e analistas.
Nosso head de fundos e renda fixa da Nomos, Diogo Carneiro, me recomendou este vídeo. Jamie Dimon é das figuras mais influentes das finanças globais — um gigante que lidera o JPMorgan Chase. Uma conversa com ele é uma masterclass em liderança e negociação, das salas do seu escritorio até a Casa Branca.
Viralizou no mercado um vídeo em que os gestores Porter Collins e Vincent Daniel - retratados no livro e no filme The Big Short pela sua aposta contra as hipotecas americanas antes da crise do subprime - reforçam sua aposta no Brasil. “Não faço ideia do que vai acontecer com Nvidia ou com a DeepSeek”, pondera Collins em entrevista à CNBC após um painel sobre investimentos realizado em Miami na semana passada.“Mas num momento em que todo mundo fala sobre como os mercados estão caros, estamos procurando onde há ativos baratos e a resposta são os mercados emergentes” afirmou.
Há alguns anos, usávamos táxi e o dinheiro pago pela corrida, em tese, permanecia aqui. Hoje, ao utilizar plataformas on-line que oferecem o serviço de motoristas, parte do dinheiro vai para a empresa matriz, no exterior, na forma de lucros e dividendos.” Para tentar entender o tamanho dessa mudança estrutural no balanço de pagamentos derivada de parte de serviços e que contempla, ainda, criptoativos e encomendas de pequeno valor, a Genoa rodou alguns modelos econométricos.
Mudanças demograficas teriam enfraquecido a correlação histórica entre desempenho econômico e apoio popular do governo, sinalizando uma possível virada política nos próximos anos. A conclusão da Mar Asset é ousada: a antecipação de uma alternância de poder em 2026 seria o principal motor para a recuperação dos ativos financeiros brasileiros.
Dynamo levanta, em sua última carta aos investidores, preocupações sobre o que influencia a descoberta dos preços dos ativos. A gestora questiona como manter a essência do investimento de longo prazo em um ambiente cada vez mais dominado por modelos quantitativos.